No mundo da Terra
Há um tempo atrás, quando eu ainda tinha o luxo de passar horas no ócio virtual fazendo as mais esdrúxulas pesquisas musicais (ouvindo desde a nova sensação Islandesa até o hit de um cantor Senegalês já esquecido por seus conterrâneos), surgiu uma bandinha nova-iorquina com som setentista e vocal abafado, que, justamente por não fazer nada bombástico, foi batizada pelos "críticos" de plantão como A Salvação do Rock. A bandinha em questão era The Strokes.
Chamá-la de Salvação do Rock obviamente foi uma grande besteira de algum empolgado pela música da banda, mas entre prós e contras The Strokes apresentou um som bacana, despretensioso, sem a necessidade de ser louvado.
Alguns anos depois, quando o tempo para o ócio extinguiu-se da minha vida, foi lançado o segundo album da banda. Mas nem cheguei a ouvir por indiferença, falta de tempo e preguiça. Outros três anos depois foi lançado um novo álbum: First Impressions of Earth.
Desinteressadamente, anotei o nome do álbum, procurei por arquivos das músicas, gravei-os no HD e abandonei-os. Não me interessei tanto em ouvir o novo álbum. Puro desdém. Alguns meses depois resolvi dar uma chance à banda de rock de garagem.
Julian Casablancas continua com seu vocal abafado, murmurando quase que telepaticamente mesmo quando destila alguns desaforos, acompanhado de batidas mais alegres do que nos outros discos.
Algumas faixas, como You Only Live Once e Razorblade trazem aquele gostinho de músicas conhecidas com uma roupagem melhor. Na energia absurda da introdução de Juicebox achei que estava começando alguma faixa dos Autoramas, mas não... era mais uma bacana faixa de The Strokes mesmo.
Em On The Other Side, quinta faixa do album, dou o meu voto para o refrão mais bacana:
I hate them all, I hate them all
I hate myself
For hating them
So drink some more
I'll love them all
I'll drink even more
I'll hate them even more than I did before
No saldo geral conclui que valeu a pena parar com o pouco caso e curtir a acidez empolgante de Firt Impressions of Earth, mesmo que aqueles criticos de plantão não tenham elogiado muito o novo trabalho da banda. Aliás... críticos só atrapalham!
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